Esse blog existe para o compartilhamento de conhecimentos entre os alunos do curso de administração da Etec Trajano Camargo de Limeira. Seja bem vindo
sábado, 9 de março de 2013
Então Robert descreveu para nós a "Corrida dos Ratos":
"Se você observar a vida das pessoas de instrução média,
trabalhadoras,você verá uma trajetória semelhante. A criança nasce e
vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho se destaca, tira
notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se
forma, talvez faça uma pós-graduação, e então faz exatamente o que
estava determinado: procura um emprego ou segue uma carreira
segura e tranquila. Encontra esse emprego, quem sabe de médico ou
de advogado, ou entra para as Forças Armadas ou para o serviço
público. Geralmente, o filho começa a ganhar dinheiro, chega um
monte de cartões de crédito e começam as compras, se é que já não
tinham começado.
Com dinheiro para torrar, o filho vai aos mesmos lugares aonde vão os
jovens, conhece alguém, namora e, às vezes, casa. A vida é então
maravilhosa porque atualmente marido e mulher trabalham. Dois
salários são uma bênção. Eles se sentem bem-sucedidos, seu futuro é
brilhante, e eles decidem comprar uma casa, um carro, uma televisão,
tirar férias e ter filhos. O desejo se concretiza. A necessidade de
dinheiro é imensa. O feliz casal concluiu que suas carreiras são da
maior importância e começa a trabalhar cada vez mais para conseguir
promoções e aumentos. A renda aumenta e vem outro filho... e a
necessidade de uma casa maior. Eles trabalham ainda mais
arduamente, tornam-se funcionários melhores. Voltam a estudar para
obter especialização e ganhar mais dinheiro. Talvez arrumem mais um
emprego. Suas rendas crescem, mas a alíquota do imposto de renda,
o imposto predial da casa maior, as contribuições para a Seguridade
Social e outros impostos também crescem. Eles olham para aquele
contracheque alto e se perguntam para onde todo esse dinheiro vai.
Aplicam em alguns fundos mútuos e pagam as contas do
supermercado com cartão de crédito. As crianças já têm cinco ou seis
anos e é necessário poupar não só para os aumentos das
mensalidades escolares, mas também para a velhice.
O feliz casal, nascido há 35 anos, está agora preso na armadilha da
"Corrida dos Ratos" pelo resto de seus dias. Eles trabalham para os
donos da empresa, para o governo, quando pagam os impostos, e
para o banco, quando pagam cartões de crédito e hipoteca.
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