sexta-feira, 13 de abril de 2012

Cai cresimento da China

PEQUIM, 13 Abr (Reuters) - A economia da China cresceu no ritmo mais lento em quase três anos nos três primeiros meses de 2012, e a leitura abaixo do esperado provocou entre os investidores a preocupação de que a desaceleração ainda não tenha chegado ao fim depois de cinco trimestres seguidos de enfraquecimento e que mais ações de política serão necessárias para interromper essa tendência.
O crescimento do PIB desacelerou para 8,1 por cento no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2011, depois de ter alcançado 8,9 por cento nos três meses anteriores, informou nesta sexta-feira o Escritório Nacional de Estatística.
Economistas consultados pela Reuters previam um crescimento de 8,3 por cento, e a leitura de 8,1 por cento é a menor desde os 8,1 por centos vistos no segundo trimestre de 2009.
Os dados do PIB são o destaque entre uma série de indicadores publicados nesta sexta-feira. Entre eles, a produção industrial da China subiu 11,9 por cento em março ante o ano anterior, acima da previsão de 11,5 por cento.
Por sua vez, as vendas no varejo avançaram 15,2 por cento no mês passado na comparação com o mesmo período de 2011, contra previsão de 15 por cento. Já o investimento em ativos fixos trimestral, um dos principais motores da economia da China, subiu 20,9 por cento.
Eles ficaram amplamente em linha com as expectativas conservadoras de investidores que mostraram-se cada vez mais preocupados nas últimas semanas de que a fraqueza do ciclo econômico da China se estenderia para o segundo trimestre do ano, conforme enfrenta dificuldades para escapar da sua pior desaceleração sequencial desde a crise financeira de 2008/09.
"O que está claro é que a economia ainda está desacelerando e o setor imobiliário está deflacionando", disse o economista do Société Générale, Yao Wei.
"Olhando os dados sobre o mercado imobiliário, parece que os investimentos em imóveis finalmente começaram a ter uma correção. Acho que essa tendência continuará e vai puxar o crescimento ainda mais para baixo nos próximos meses, portanto achamos que este ainda não é o ponto mais baixo. Significa que mais afrouxamento monetário será necessário para impedir uma desaceleração mais forte."
Em março, o investimento em imóveis residenciais registrou a menor taxa de crescimento anual desde meados de 2009. Esse dado respondeu por cerca de 13 por cento do PIB da China em 2011 e o setor afeta diretamente mais de 40 setores. Dessa forma, a ação do governo chinês para conter a especulação imobiliária é sentida em todo o espectro econômico.
"A leitura de 8,1 por cento fica abaixo da expectativa, e é por isso que o primeiro-ministro chinês Wen têm pedido um ajuste da política", disse o economista da Industrial Securities Xu Biao. "Mas Pequim não deve lançar nenhum grande estímulo uma vez que um crescimento de 8 por cento não afetará o emprego com força."

LIMIAR
Um crescimento de 8 por cento é amplamente considerado como o limiar em que a China enfrenta dificuldades para criar empregos suficientes para novos trabalhadores em sua força de trabalho de 800 milhões de pessoas, provocando o risco de instabilidade social e elevando a probabilidade de que sejam realizadas novas medidas de estímulo.
Mas, como o governo reduziu sua meta de crescimento para o ano para 7,5 por cento no mês passado, ganha força a visão segundo a qual o ritmo que Pequim pode considerar um pouso forçado -e que continua longe do consenso do mercado- avançou significativamente para baixo.
Isso significa que administradores de fundos que esperam uma resposta política para uma queda abaixo de 8 por cento ficarão decepcionados.
A economia da China se expandiu em 9,2 por cento em 2012, uma mínima de dois anos. Economistas consultados pela Reuters esperam um crescimento em 2012 de 8,4 por cento, que seria o menor desde 2002.
O risco de a fraqueza da demanda global pelas exportações da China persistir em meados do ano, uma vez que muitos países da zona do euro parecem estar em recessão e os fracos dados sobre o emprego nos EUA reativaram as preocupações relativas à recuperação da economia norte-americana, acende o sinal vermelho para muitos no mercado financeiro.
A agência de estatísticas da China afirmou nesta sexta-feira que o país ainda enfrenta dificuldades para estabilizar o crescimento da exportação.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Montadoras investirão US$ 22 bilhões no país até 2015


Em encontro com Mantega, representantes de montadoras debatem novo regime automotivo e anunciam o montante do investimento no Brasil

EFE | 11/04/2012 18:35

Os fabricantes de veículos e autopeças investirão US$ 22 bilhões no país até 2015 com o objetivo de melhorar a competitividade da indústria. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, anunciou o montante do investimento depois de se reunir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, segundo a "Agência Brasil".

Representantes das montadoras encontraram Mantega para debater o novo regime de automotivo, que oferece incentivos para impulsionar um maior uso de autopeças de produção nacional nos veículos e que entrará em vigor a partir do ano que vem. "O grande esforço agora é a busca pela competitividade do setor no Brasil", disse Belini, detalhando que os investimentos começarão a ser executados ainda este ano.

Além disso, acrescentou que as medidas anunciadas no pacote de estímulo à indústria lançado na semana passada pelo Governo Federal contribuirão de forma positiva para o desempenho do setor. No início deste mês, a presidente Dilma Rousseff anunciou uma série de incentivos para o setor industrial, o mais afetado pela crise internacional. O pacote, no valor R$ 60,4 bilhões, inclui isenções fiscais e a capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal instituição de fomento do país, para que possa ampliar os créditos aos industriais.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Toyota adota novos métodos desenvolvimento de veículos



Companhia desenvolverá vários modelos ao mesmo tempo para aumentar o número de peças em comum 

Reuters 09/04/2012 14:14


A Toyota Motor revelou nesta segunda-feira uma nova estrutura para desenvolver veículos, com o objetivo de dar maior apelo aos carros e cortar os custos em até 30% por meio do uso de mais peças em comum.
Pelo novo modelo de trabalho, chamado de Toyota New Global Architecture (TNGA), a Toyota, desenvolverá vários modelos ao mesmo tempo para aumentar o número de peças em comum. Isso ajudará a reduzir os custos e a liberar recursos que podem ser direcionados para várias necessidades regionais, segundo a montadora.
A fabricante também dará maior autoridade aos engenheiros e cortará o número de executivos envolvidos na criação dos modelos -de 80 a 100 anteriormente- para diminuir os níveis hierárquicos nas tomadas de decisão.
"O problema da Toyota é que ela tinha muitos filtros", disse Tokuo Fukuichi, que no ano passado assumiu o posto de chefe de design da montadora. "Quando há tantas pessoas, você acaba construindo carros eliminando os contras, em vez de criar algo positivo, assumindo riscos", acrescentou.
A Toyota vai começar o TNGA com três plataformas de automóveis com tração dianteira, que respondem por quase metade dos carros que produz.