sexta-feira, 27 de abril de 2012

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cenário global impõe recuperação mais lenta na indústria, diz FGV

26/04/2012 - Por Tainara Machado | Valor

SÃO PAULO - A demanda ainda fraca neste início de ano está determinando uma recuperação mais lenta da indústria de transformação, segundo Aloísio Campelo, coordenador da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getulio Vargas. Em abril, o Índice de Confiança da Indústria avançou 0,3% na comparação com março, para 103,3 pontos, ainda abaixo da média histórica dos últimos cinco anos (106,2 pontos).

Com o contexto internacional de crescimento ainda bastante frágil nos EUA, recessão em alguns países da Europa e desaceleração na China, o indicador de nível de demanda externa vem em queda desde novembro do ano passado e chegou em abril ao menor nível desde fevereiro de 2010, em 86,4 pontos. Na comparação com março, a queda foi de 4,8%, feitos os ajustes sazonais.

A demanda interna também deu sinais de fraqueza, segundo a sondagem da FGV. Na passagem mensal, a queda foi de 2,2%, para 104,3 pontos, situando-se bastante distante da média para os últimos cinco anos, de 112,4 pontos.

Para Campelo, a situação é reflexo de uma postura mais cautelosa do consumidor, motivada pelo aumento da inadimplência. Assim, apesar do crescimento da massa salarial, a demanda está concentrada em serviços e bens não duráveis, reduzindo as vendas de bens duráveis, como veículos, avalia o economista.

Campelo, no entanto, destacou que a Sondagem do Consumidor, também feita pela FGV, já mostra sinais de que a confiança está melhorando, por causa da redução dos juros e das taxas cobradas pelos bancos, inflação em queda e isenções tributárias para móveis e linha branca.

Estoque de automóveis preocupa

Os estoques da indústria de transformação continuaram no processo de ajuste iniciado no fim do ano passado, apontou a Sondagem Conjuntural da FGV. Para a cadeia automobilística, no entanto, o problema voltou a aparecer e afetou a confiança do setor.

Em abril, apenas 2,7% das empresas consideraram que tinham estoques excessivos, já descontada a parcela que considerava a quantidade insuficiente. A redução na comparação com março foi de 0,8%, e após nove meses acima da média histórica, os estoques voltaram para patamar em linha com o observado nos últimos cinco anos.

Apesar da evolução benigna do indicador, o setor automobilístico andou na mão contrária. Em abril, a cadeia tinha 9,2% a mais de empresas que consideravam os estoques excessivos em relação àquelas que os consideravam insuficientes. O caso mais explícito apareceu para o setor de caminhões e ônibus, que já havia derrubado a produção industrial em janeiro. No segmento, 24,7% das empresas tinham estoques em excesso. Em março, o percentual era de 2,1%.

Para veículos de passeio, a situação é menos grave, mas também preocupante, já que a relação passou de 7,7% em março para 13,4% em abril, sempre na séria com ajuste sazonal.

Para Aloísio Campelo, coordenador da sondagem, essa foi a principal causa da queda de 1,2% do Índice de Confiança da Indústria para o setor de bens duráveis, na passagem entre março e abril.

Esse cenário, aliado à demanda mais fraca, observada no início do ano, levou o indicador de produção prevista para os próximos três meses a recuar para 123,5 pontos em abril, ante 124,5 pontos no mês anterior. O quadro, segundo Aloisio Campelo, apresenta trajetória de recuperação gradual e ainda fraca da indústria no segundo trimestre de 2011.

Ainda assim, estoques mais equilibrados na média da indústria, combinados a um câmbio menos favorável para os importados e o efeito defasado da política monetária, levaram os empresários do setor a enxergar, em um horizonte de seis meses, sinais mais favoráveis para a atividade, avaliou Campelo. A situação futura dos negócios melhorou 4,4% em abril, na comparação com março, quando pela primeira vez desde maio de 2011 mais de 50% das companhias pesquisadas responderam que a situação deve melhorar nos próximos seis meses.

(Tainara Machado | Valor)