sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA: O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO


A industrialização é a chave para o desenvolvimento. Entretanto, o processo de desenvolvimento dos países industrializados foi iniciado com grande aumento da produtividade agrícola, o que permitiu liberar mão-de-obra e recursos para as áreas urbanas, para construir o parque industrial.


Na década de 1950 e no início dos anos 1960, acreditava-se amplamente que a industrialização nos países em desenvolvimento ocorreria se ao setor industrial fossem assegurados mercados domésticos seguros, o que permitiria que eles se desenvolvessem. A tão famosa estratégia de substituição de importações consistia em proteger os produtores domésticos da competição estrangeira com quotas e tarifas, de modo que eles pudessem expandir sua produção para substituir bens que costumavam ser importados.

Por volta da década de 1980, ficou claro que a estratégia de substituição de importações havia se esgotado na maior parte dos países em desenvolvimento. Os produtores domésticos, protegidos de competição estrangeira, produziam um volume pequeno com custo alto e muito pouca inovação.

Nos últimos tempos, uma característica marcante na economia mundial tem sido a crescente integração econômica entre os países sob diversos aspectos: comercial, produtivo e financeiro. Esse processo é conhecido como GLOBALIZAÇÃO.

Rigorosamente, pode-se dizer que se trata de um processo, que vem ocorrendo com grande desenvolvimento tecnológico a partir do final do século XIX, mas que se acelerou muito a partir das últimas décadas, com o desenvolvimento da informática e dos mecanismos financeiros internacionais. Neste sentido, é interessante separar a chamada globalização produtiva da globalização financeira.

O que seria, então, GLOBALIZAÇÃO PRODUTIVA?
Pode-se dizer que se trata da produção e distribuição de bens e serviços dentro de redes em escala mundial. A redução de barreiras no comércio internacional, o crescimento notável das tecnologias de informação (telecomunicações e microeletrônica) e a difusão de novas tecnologias criaram novos produtos e novas oportunidades de negócios. Desde 1980, quando esse processo se acelerou, a taxa de crescimento mundial tem girado, em média, acima dos 4% ao ano, contribuindo para a melhoria do padrão de vida em escala mundial.

A globalização se insere na Era da Informação e, conseqüentemente, tem reflexos enormes na economia, na sociedade, no ensino, no entretenimento, no emprego, nas empresas, no produto, enfim define o que é bom e o que é ruim, altera costumes, muda cultura, e tudo o mais.
E a qualidade é afetada pela globalização? Sim, e como! Desde o advento da facilidade e da rapidez da informação as distâncias ficaram muito curtas, o que acontece hoje, agora, no Brasil reflete ou é de conhecimento instantâneo, quase ao vivo, na China, no Japão, na Austrália, nos Estados Unidos. A certificação através do ISO série 9.000, série 14.000, só se tornou referência por causa da sua normatização, da padronização, mas, principalmente, devido à rapidez com que se disseminou via WEB, devido a sua extrema rapidez.


O que é bom e o que é ruim?
Nenhum ato é isolado, nenhum país é mais uma ilha, ninguém se isola, por muito tempo.
A globalização da economia é uma expressão muito usada atualmente e está ligada a duas coisas:
Acordos econômicos entre nações, de modo a limitar o uso de barreiras de impostos que impedem a entrada de produtos de outros países;


Criação de grandes regiões econômicas, como a CEE (Comunidade Econômica Européia), a NAFTA (North American Free Trade Ageement, ou seja, Acordo Norte Americano de Livre Comércio), o MERCOSUL (Mercado Comum Sul Americano), formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Porém a globalização pode trazer fatos e reflexos ruins. Vejamos o exemplo da invasão de produtos chineses no mundo todo. No Brasil tem um agravante que foi a decisão extremamente danosa para o país de reconhecer a China como economia livre, ocasionando a abertura das portas comerciais do nosso país para a concorrência desleal dos produtos fabricados na China. Os reflexos podem ser desastrosos no mercado de trabalho e na economia do Brasil.
Outro exemplo é o risco de transformar o nosso álcool em commodities. Este não é o melhor caminho, pois as commodities têm o preço regulado pelos interesses do comprador e tem forte influência especulativa.



1. Quais são os reflexos bons e os ruins na sua visão?
2. O que pode acontecer daqui para frente?
3. Como o Brasil deve se preparar para usar a globalização com fator de desenvolvimento econômico do país?
4. Qual a influência da política nesse futuro que não pode ser muito distante?
Com se comportará o nosso país na nova situação econômica mundial?


Elaborado pelo Professor Rommel Siqueira Campos Cantalice. Fonte: Anuário Exame - (2005/2006) - Editora Abril – Jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

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