sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Corrupto ou desonesto?

A diferença entre ser corrupto e ser desonesto está no entendimento das pessoas. Pelo significado das palavras, corrupção é a ação de seduzir por dinheiro, presentes etc., levando alguém a afastar-se da retidão; e desonestidade é o caráter do que é desonesto, do que é contrário à moral. Já o termo moral significa um comportamento delimitado por regras fixadas por um grupo social específico. E no nosso entendimento moral, pagar para ter um privilégio sobre os outros é desonesto e o corrupto que recebe este dinheiro é imoral. Mas deixemos a aula de português para outra oportunidade e analisemos o mundo atual. Várias pessoas que você conhece, e talvez você mesmo já tenha caído na tentação de ser desonesto ou de pagar por um favorzinho, coisa mínima, mas que vai se sobrepor à outra pessoa e que legalmente tem os mesmos direitos ou até mais. Veja o caso de uma fila: aquele que chegou primeiro tem mais direitos do que aquele que chegou depois. E neste pensamento podemos analisar algumas pessoas públicas, que além de receberem bons salários para executar suas funções em prol da população, deixam-se contaminar pela desonestidade. Desonestidade esta que se esconde dentro da personalidade. Ninguém seria capaz de tornar um honesto em ladrão, assim como existem pessoas incorruptíveis, aquelas que agem pelos próprios princípios morais e não se vendem por nada. Temos visto por esses dias nossos irmãos argentinos promovendo passeatas, panelaços contra as condutas dos governantes, reclamam seus direitos e se postam nas ruas contra o que acham errado. Enquanto isso, vemos em nosso país torcedores brigando com agentes públicos da Polícia Militar por causa de um jogo de futebol. Pergunto: se o seu time do coração ganhou ou perdeu, o que vai mudar na sua vida? Você vai aumentar sua renda com o título do campeonato? Suas dívidas vão ser pagas com o troféu que "eles" ganharam? Se ao invés de protestarmos contra os dirigentes do futebol, protestássemos contra os maus políticos e homens públicos seríamos uma nação muito melhor e aí sim em desenvolvimento. Desejo a todos um ótimo final de ano e que na virada em janeiro possamos acrescentar mais valor as nossas vidas e a nossa consciência.

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